A separação e o Pai



Segundo o dicionário, pai é aquele que tem um ou mais filhos. Gerador, genitor, progenitor. Criador, autor. 

Pra gente, pai é quem cria, quem cuida. Pode ser que ele seja o progenitor e o criador, pode ser que ele seja somente o criador, mas se não for quem cuida, não se pode chamar PAI.

Bom, mas por que estamos falando de pai? Tenho percebido que chegamos num momento em que os pais - geradores - (e quando digo pai, é o masculino mesmo), perderam o total compromisso e responsabilidade, carinho e amor com seus filhos (deixando bem claro que não podemos generalizar), mas falo aqui através de minhas observações sobre esse fato.

Um casal tem filhos, são muito felizes mas chega um momento que uma parte deseja a separação (e como aquele ditado: Quando um não quer, dois não brigam), a separação se concretiza. E aí os filhos ficam a mercê da justiça (quando não acontece amigavelmente) ou de acordo comum entre os pais. 

Independentemente da idade dos filhos, separação sempre é um choque (para os filhos, os pais deveriam ficar juntos para sempre), mas com certeza, para filhos menores, o fato é pior. Alguns justificam: - Haaaa, mas ela é tão novinha que nem entende, ou - Eles até estão aceitando bem. Sera?

A separação dos pais, nunca é fácil, e quando o pai se afasta, mais difícil ainda ela se torna. 

Existem vários caminhos que poderiam ser explanados: 1- O pai nunca foi presente, depois que separou aí que sumiu mesmo. 2- O pai era presente, depois que separou, sumiu, ou 3- O pai não era presente e depois da separação tornou-se. Irei enfatizar aqui o pai que não era tão presente (ou seja, eram casados, mas só participava financeiramente na vida dos filhos) e depois que houve a separação, sumiu (esse sumiu não é de desapareceu do mapa, mas tornou-se tão ausente que as vezes parece que não existe). 

Ser pai não é só contribuir financeiramente, é ESTAR presente na vida dos filhos. 

Talvez o pai não ache importante a permanência dele na vida do filho, ou simplesmente não se importa. Mas ela é necessária sim e faz parte da construção da vida da criança. (não estou dizendo que quem é criado só pela mãe, não terá a vida construída rs, nada a ver), mas aqui estamos falando dos pais. E isso auxilia até a mãe mesmo, que consegue dividir o peso da criação de uma pessoa, principalmente nesse mundo novo, de internet, violência, liberação, aceitação... com o pai. 

Fico pensando como pode existir pai que não se importa que a mãe leve seus filhos para longe, sem dar satisfação. Como pode ter pai que não sabe nem em que ano na escolinha a filha está. Ter pai que só vê o filho uma vez por ano. Pai que não ajuda nem financeiramente, pai que não participa, pra mim não é pai. 

Ainda bem que existe o pai que não foi o progenitor/gerador, mas participa mais da vida da criança, cuida melhor do que o pai que a gerou. Ainda bem que existem mães que dão conta da criação, sozinha, dos seus filhos. Essas mães também são pais. Porque querido, se você é pai, não participa e nem pretende participar da criação dos seus filhos, vai aí um recado: - Mais tarde, não precisará mais. Mais tarde, não adianta vir com presentes, mais tarde, você não será mais o pai que a criança precisou, será apenas o pai, quem gerou. E não fará falta na vida do seu filho, pois ele já cresceu, se desenvolveu, criou seu caráter e não precisará mais de você, pois ele terá o pai quem o criou e a mãe que foi pai.

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